sexta-feira, 7 de junho de 2013

Oito e contando

 

Depois do último aniversário esquecido no ano passado, eu tinha colocado na agenda de meu celular o aniversário deste blog, de forma que ele, teoricamente, me avisaria da data alguns dias antes. De lá para cá, acabei trocando o celular e eu nunca terminei de configurar e passar todos os dados para o atual. Resultado: esqueci o aniversário do Chuta & Corre no dia 7 de abril. De novo...

Parece que já virou uma espécie de tradição deixar a data passar em branco e postar o texto de comemoração totalmente atrasado. Mas pretendo corrigir isso e arrumar um modo de me lembrar antecipadamente. A verdade é que nunca fui muito bom com aniversários. Vivo esquecendo, mesmo os das pessoas mais próximas. Já esqueci o meu também. Parabéns para mim.

Mas não me esqueço do blog. Estou sempre pensando em algo para colocar aqui, mas nunca aparece uma ideia que me apeteça. Anoto, planejo, tento escrever. E não chego a nenhum lugar. Chuto, mas não corro. Ou começo a correr antes mesmo de chutar.

Mas se não apareço aqui para reclamar, quem sabe não apareço para agradecer? Há uns bons anos que minha vida não parece dar tão certo. Não sei meu futuro, mas quem sabe esta nova vida não chuta e corre?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Espadas e canetas


Certa vez um amigo foi criticado por sempre ser sincero, algo que ele defende com unhas e dentes e que procuro apoiar sempre. Mas sinceridade sozinha não traz nada. Tudo na vida precisa de um contexto e um uso apropriado. Contar uma verdade não é tão diferente. Mundos inteiros separam "Você fica gorda nesta roupa" de forma fria e "Tem roupas que caem melhor em você" com um sorriso brincalhão para acompanhar. Comunicação não é apenas mandar uma mensagem, é também transmiti-la de uma forma que o receptor compreenda, aceite e absorva a informação.

Sempre acreditei que a caneta é mais poderosa do que a espada. Então por que todos dizem que as ações dizem mais do que palavras? Hoje sei que são duas afirmações ingênuas, entretanto corretas. Algumas vezes precisamos atacar com uma caneta e em outras mandar uma mensagem com nossas espadas. Falar é agir, assim como toda ação diz algo. É um equilíbrio.

Então por que é tão simples de entender, mas tão complicado de fazer? Por que nossas palavras não curam nossos amigos até suas almas, por que brigas por algo em comum só nos separam, por que escolhas podem ser erradas, por que tanta história não termina bem? Por que mudar o mundo para melhor é tão difícil? Parece que as canetas estão sempre sem tinta, as espadas nunca com fio. Então abrimos caminho à força, marcando papel em relevo e atacando com mera brutalidade. Ações vazias, como as palavras que as profetizam.

Queria eu ser um escritor maior. Pintar o mundo de vermelho com palavras e falar o que há de melhor. Uma vez eu disse que nada disso realmente importava para um outro amigo que queria mais ou menos a mesma coisa, com a intenção de me consolar. De acordo comigo, é porque usar as palavras com sinceridade é o que faz mesmo a diferença. Ah, como fui ingênuo. E agora que entendo isso, sinto que eu era melhor nesse tipo de coisa naquele passado distante. Então me pergunto se sou o mesmo cara olhando o horizonte de outrora. E se realmente ainda sei como ser sincero comigo mesmo. Será que me conto as piores verdades da melhor forma? E o que digo faz diferença? Touché.